
Um riacho de águas claras.
Onde ser mulher é ser corrente.
Rio de corredeira.
Onde mora minha alma sereia.
Onde meu canto ecoa ardente.
Nos meus olhos há um enigma.
Uma bruma de onde eu busco.
Com o mel dos lábios enveneno.
Com a luz dos olhos ofusco.
Crio armadilhas.
Qual aranha, faço a teia,
mas só devoro quem me incendeia.
No fundo do fundo do rio tem um pequeno veleiro.
Onde mora minha alma sereia.
(By Regina Jardim)
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