Minha alma é como terra molhada
depois da chuva no quintal
tem cheiro de verdes ervas
e o vermelho calor das pimentas...
É um grande varal de roupas limpas
cheirando a lavanda
é um poço de fresca água
um canteiro de menta...
à sombra de velhas muralhas
onde heras se dissolvem
em sombrio castelo medieval...
A minha alma é o tanque
de velho cimento
as mãos que esfregam as roupas
se espetam nos espinhos das roseiras
de minha avó...
As minhas dores se diluem
por entre caminhos e sombras
em nichos de segredo e silêncio
de uma alma de quintal
alegre e imenso...
(By Regina Jardim)
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